Entrevista para o Charts in France
Confira a entrevista da Lara para o site Charts in France sobre o novo álbum.
Serena, desejando falar do mundo que nos rodeia, Lara Fabian está de volta com um novo álbum em inglês, “Camouflage”. Para o pure charts, a cantora falou de suas ambições e seus gosto musicais, revelou qual canção do seu repertório ela prefere e disse que deixa a porta aberta pra um retorno aos “Enfoirés”
Porque você quis gravar um álbum
em inglês, e não em francês?
Porque era o momento. Eu sempre
fiz isso na minha carreira. As primeiras canções que eu comecei a interpretar
quando eu era jovem eram em inglês. Eu fiz um primeiro álbum em inglês em 1999,
depois em 2003, depois em 2009. Minha carreira sempre foi pontuada por canções em inglês, e por músicas
de filme também. Era natural, eu realmente não me coloquei essa questão. Era
agora, eu me disse que era justo e que precisava fazer.
Muda alguma coisa no processo
criativo de fazer um álbum em inglês?
Não, na verdade, o que muda são
as pessoas com as quais você trabalha. Não é uma língua que determina a forma
de trabalhar. Um álbum em francês pode ser bem diferente em função da equipe
com a qual você trabalha. Nesse, eu
trabalhei com Moh Denebi e Sharon Vaughn, sueco e americana respectivamente. Eu
fiz entre Bruxelas, Estocolmo e Los Angeles. No nível da composição, o processo
é o mesmo.Partimos de uma página em branco, nos inspiramos em função dos temas
que queremos abordar. E escrevemos a música depois.
A Lara Fabian que canta em inglês
é a mesma que canta em francês?
Sim, claro. É a mesma que canta
em inglês, em italiano, em espanhol, em russo, em turco... (risos)
Mas existem personalidades
particulares que se colocam em função do país... Na França, é talvez uma faceta
mais romântica que a gente conhece de você...
Você tem razão ao pontuar que de
uma cultura a outra, a gente se adapta um pouco as cores do lugar. Quando você
tem uma carreira internacional e canta em diversas línguas, a gente tem o dever
de ser um camaleão; É completamente da minha natureza. Eu venho de diversas
origens concretas, eu falo várias línguas desde pequena, eu sempre escutei
todas as músicas que as diversas culturas da minha família ofereciam. É natural
pra mim ser uma única e mesma coisa cantando em várias línguas.
Você é bem popular na França,
você sentiu uma pressão particular com a ideia de voltar com um disco em inglês?
Eu não funciono por apreensão ou
por medo. Eu funciono por estimulo e entusiasmo. Eu não digo pra mim: “há meu
Deus, talvez as pessoas não gostem de mim por eu canto em inglês”. Eu não acredito
que seja a lingua que provoca a falta de interesse por um artista. É a música
que ele faz. Eu sempre terei muita alegria de voltar em francês pra perto dos
meus fãs francófonos, é a minha língua. Mas aqueles que me amam sabem que eu
sou uma espécie de animal multiforme que sempre escreveu e cantou em várias
línguas, e isso não é um problema no geral.
Já dissemos, o álbum se chama
Camouflage. Você se esconde mais em inglês, do que em francês, quando escreve?
Meu álbum anterior era bem
autobiográfico é verdade. Eu poderia ter escolhido fazer algo parecido em
inglês, mas não foi minha escolha. Nesse álbum, eu sou mais uma observadora,
uma narradora do que a humanidade passa hoje, até que ponto nos somos afetados
por um turbilhão de coisas terríveis. Eu me coloco mais como um olhar onde eu
proponho minha visão das coisas.
Em “Communify” você canta:
construir pontes, nós temos que tentar. É uma resposta ao muro de Donald Trump?
(Risos) É engraçado, eu não tinha
pensado... Não, é um eco que exprime a comunicação não violenta que permite
religar os seres. A metáfora da ponte é aquilo que nos permite unificar as
coisas, de criar uma comunicação que nos permite enfim ouvir e ser ouvido. Se
religar uns aos outros. É mais nesse sentido...
Sentimos que você queria fazer um
disco elegante , moderno, mas sem cair nas armadilhas da sonoridade atual. O
equilíbrio foi fácil de encontrar?
É um equilíbrio evidente. Moh
Danabi vem dessa mistura. É um gênio musical no senso clássico do termo, tem
uma bagagem clássica, toca violão, guitarra, seu grande amor é a música eletro,
contemporânea. Comigo é parecido. A música que eu escuto hoje, é a música da
minha época. Nos dois queríamos criar uma mistura harmoniosa e hibrida. A
vontade era se colar a minha época sem desnaturalizar minhas raízes.
O que você escuta no cotidiano?
Eu escuto muitas coisas. Eu
escuto bastante Pink, Florence and the Machine, muito de Ed Sheran, mas não
necessariamente os hits. Adele também! Evidentemente, não sou culpada, como
todo mundo eu escutei Despacito o verão inteiro! (Risos) Zara Larsson também eu
escutei com a minha filha e achei bem legal. E eu escuto também muita música
clássica.
No que camouflage é diferente dos
seus álbuns anteriores?
Eu não sei. Como os anteriores
ele cola bem à sua época. Ele é bem do seu tempo. Ele mistura um lado orgânico,
acústico com um lado eletro, respeitando os velhos códigos de escrever uma
canção que a gente pode apesar de tudo cantar apenas com violão ou um piano.
No estúdio, você se pergunta:
“Preciso fazer um hit”?
Não é benéfico refletir nesses
termos porque isso bloqueia terrivelmente a criatividade. SE você começa a
pensar em escrever algo que tem que funcionar, você forçadamente escreve algo
que não vai funcionar em nada (risos). É a regra! É besta, mas é assim. Nos
queríamos fazer canções que amassemos escutar novamente. Esse foi o primeiro
critério.
Se colocar no mercado americano,
é sempre um objetivo pra você?
Meu objetivo continua sendo algo
menos concreto. Meu obejtivo é restar, durar. Que seja na Alemanha, na Itália,
na Espanha, no Leste Europeu, na França, atlvez nos Estados Unidos ou na
América do Sul, como o Brasil onde eu tenho uma magnífica carreira ... Meu foco
é durar, ter a alegria do palco, qualquer que seja o palco, e esperar juntar o
Maximo de gente através da minha música. Sem conotação, sem nacionalidade
especifica.
Eu penso, as vezes,em lado
parecido com a Sia, ouvindo seu álbum. Você gostaria de trabalhar com ela?
Obrigado pelo elogio. Eu gosto
muito dela. Acho o que ela escreve magnífico. Seria legal fazer
temporadas de escrita com ela. Quem sabe?
Você falou recentemente: “eu vou
cantar sempre, escrever sempre , mas eu quero parar de dar a volta ao mundo. Eu
vou parar em algum lugar e ensinar. Você já pensa em por fim a sua carreira?
Não, mas o que eu queria dizer é
que em algum momento isso deve se acalmar. Em algum momento temos o desejo de
cultivar a família, o filho. Estar sempre entre malas pode ser um pouco
desconcertante. Eu não vou vou parar de viajar de um dia pro outro, isso vai
ser feito progressivamente, mas em algum momento eu vou decidir de não partir
40 ou 50 dias por ano mais ou menos.
26 anos depois do lançamento de
seu primeiro álbum, como você avalia o caminho percorrido?
Eu digo: Foi uma bela viagem! E o
que vamos fazer agora? (Risos)
Sua musica preferida do seu
repertório?
Em francês, é Pas Sans Toi...
Immortelle também. Em inglês, Broken Vow
Tem alguma que você não gosta
muito de cantar, ou que se cansou?
Não, a principio eu canto tudo
com o maior prazer. Eu sinto que as vezes eu não canto todas que compõem um
álbum, canto sobretudo os hits. Um show tem no maximo duas horas, então temos
que fazer escolhas e excluir belas canções dos álbuns mas que não são singles.
Talvez seja a única coisa. Um dia, talvez eu farei um show só com as que eu amo
muito, mas que não são hits.
Você tem como projeto montar uma
escola de canto, com a transmissão como motivação. Você já vai começar com o
The Voice no Québec. E na França?
A primeira vez que me chamaram,
foi pra primeira temporada e eu tinha uma turnê de 80 datas, não podia fazer.
Dessa vez me chamaram e bateu com as minhas datas. Sempre foi uma questão de
planejamento. Mas se o convite esse ano tivesse sido na França eu teria dito
sim também.
Que tipo de coach você será?
Como eu sou. Honesta e empática
pois é minha natureza. Eu farei tudo pra ser o mais benevolente possível sendo
justa.
Sua última participação nos
Enfoirés foi em 2005. Você gostaria de voltar?
Eu seria feliz de participar de
novo. Gostaria. Tudo é possível
Eu tenho uma bela carreira no Brasil... mas nem o cd lança aqui... Lara sua linda, acorde rsrs Nós fãs amamos você e queremos mesmo que você olhe mais pra cá.
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